Esta postagem traz o texto do Projeto Olhares, elaborado como atividade da disciplina Educação em Museus do curso de Museologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolvi o trabalho em parceria com a colega Marta Busnello. O projeto propõe uma ação de educação museal junto ao Museu do Trabalho, voltada
a um grupo de jovens recrutas do Exército Brasileiro lotados nos quartéis localizados no Centro Histórico de Porto Alegre e a
poucos metros do MT. O Projeto foi aplicado com sucesso junto à instituição, em novembro de 2016.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO/CURSO DE MUSEOLOGIA
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO/CURSO DE MUSEOLOGIA
EDUCAÇÃO EM MUSEUS
(BIB03241)
Prof.ª Drª Zita Rosane
Possamai
PROJETO DE AÇÃO EDUCATIVA NO
MUSEU DO TRABALHO
Olhares, descobertas e
experimentação em Arte Contemporânea
Alunas: Isabel Ayala Marta
Busnello
Porto Alegre, 19 de outubro de
2016
1 INTRODUÇÃO Este Projeto é atividade a ser desenvolvida para a
disciplina Educação em Museus do curso de Museologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul pelas discentes Isabel Ayala e Marta Busnello no Museu do
Trabalho (MT), instituição que atua na área de divulgação e ofício das artes
plásticas e cênicas[1], localizada na Rua dos
Andradas, 230, em Porto Alegre – RS. O projeto propõe uma ação de educação
museal voltada a um grupo de jovens recrutas do exército brasileiro, os quais
cumprem seu expediente nos quartéis localizados no Centro Histórico de Porto
Alegre e a poucos metros do MT. A região central de Porto Alegre foi escolhida
pela quantidade de museus e centros culturais, assim como pela diversidade de
estilos destes locais. A escolha do público está relacionada com a proximidade
da instituição museal e ao desafio das estudantes em atuar junto a pessoas
jovens. Sendo o projeto voltado a um público específico e não ao público
espontâneo de museus, o grupo precisaria estar regularmente reunido,
independente da agenda da instituição. Identificamos nessa região da cidade
muitas corporações as quais poderíamos consultar para contar com um grupo de
participantes e optamos em contatar com o Comando Militar do Sul (CMS).
Definidos a instituição e o público partimos para o estudo de uma ação que,
além de um desafio às estudantes, promova crescimento acadêmico às mesmas. Aos
participantes, será apresentada a história do MT, a arte urbana e atual
presente em sua fachada externa, além da demonstração de um processo de expressão
de arte contemporânea, com técnicas tradicionais. Por fim, será aplicada uma
mediação dinâmica, junto a uma obra de intervenção arquitetônica, que estará
aberta à visitação no período em que será desenvolvido o presente projeto. Ao
propor um olhar sobre a arte contemporânea aos jovens, pretende-se promover a
aproximação dos mesmos com os espaços culturais, em especial, com o Museu do
Trabalho. Para tanto, buscamos conceitos norteadores em autores como Cristina
Bruno, Denise Grinspun, Maria Célia Santos e outros pesquisadores para o desenvolvimento da atividade e a
promoção da dinâmica e comunicação entre o Museu e o público escolhido.
Importante salientar que o diretor do MT, Hugo Silva e a Tenente Nathalia
Santos da Costa, oficial museóloga no Museu Militar do CMS, colaboraram de
forma efetiva com as estudantes, possibilitando o acesso ao Museu e ao público
de interesse, respectivamente.
1.1
O Museu do Trabalho
No contexto de patrimônios pertencentes ao Complexo do Centro Histórico
Cultural de Porto Alegre, o Museu do Trabalho tem características peculiares.
Transcrevemos, a seguir, os dados disponíveis no site da instituição sobre a
sua constituição, ocupação e atuação, os quais também justificam o nome
"Museu do Trabalho", dado à instituição que, atualmente, se apresenta
como um espaço alternativo e independente de arte. "O Museu do Trabalho é
uma entidade civil. Foi fundado em 7 de dezembro de 1982, como parte de um
projeto de preservação e restauração da antiga Usina do Gasômetro, abandonada
pela Eletrobrás. Seu prédio foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado em
1983, após um amplo debate público sobre o destino da Usina. No entanto, o
projeto inicial de ocupação da Usina do Gasômetro foi totalmente implantado e o
Museu do Trabalho continua em sua sede provisória: os galpões de propriedade da
Marinha do Brasil, situados no início da Rua da Praia. Desde 1986 ostenta
numeroso acervo de máquinas, instrumentos, filmes, fotos e documentos
referentes ao trabalho e à sua história social e começa a aparecer como novo
espaço cultural para a cidade. Já em 1987 em um dos galpões anexos ao museu,
montou-se o Teatro do Museu do Trabalho. Nos outros galpões, instalou-se um
atelier de artes plásticas, especificamente as gráficas. Hoje um dos mais amplos
e completos ateliers de gravura do estado. O Museu do trabalho também tem uma
sala de exposições temporárias e oferece cursos de artes plásticas, dança,
música e teatro, mas é através dos consórcios de gravuras e esculturas que
garante sua sustentabilidade." (http://www.museudotrabalho.org). As
visitações ao Museu do Trabalho ocorrem de terça a domingo, das 13h30min às
18h30min.
2
PARTICIPANTES
Foram convidados trinta recrutas do Exército Brasileiro. Eles cumprem serviço
militar obrigatório nos quartéis do Centro Histórico de Porto Alegre. Serão
divididos em três turmas de dez integrantes e cada turma participará de um
mesmo roteiro de atividades. Os jovens, com idades entre dezoito e dezenove
anos, em sua maioria, com ensino médio concluído, cumprem rotinas militares
diárias na corporação. Normalmente, após o expediente, por volta das 18 horas
voltam para suas casas. Alguns dias por semana cumprem o "plantão de
serviço", onde a jornada é de 24 horas dentro da instituição militar. O
público-alvo para o projeto em questão, nas datas determinadas e agendadas com
o CMS, será formado pelos jovens que estarão em expediente normal, ou seja, que
poderão ser escalados pelo CMS para participar da dinâmica da ação educativa. O
projeto desenvolvido com três datas previamente combinadas, dentro do período
de três semanas seguidas (21 dias), terá dez jovens a cada atividade. Pelo fato
de a ação educativa contar com mais de uma data, espera-se que, eventualmente,
algum recruta que estiver em "plantão de serviço" durante uma
atividade, possa participar em outra. Os dados específicos e individuais de
cada participante, teremos somente alguns dias antes da ação educativa, devido
ao regime de escalas do CMS.
3
OBJETIVOS · Estimular a visitação de jovens
aos equipamentos de cultura; · Conhecer o Museu do Trabalho e
as atividades desenvolvidas no local; ·
Desenvolver ação de mediação; ·
Provocar os olhares para uma experiência pessoal e informal da Arte
Contemporânea em exposição no MT; ·
Promover a experimentação do fazer artístico por meio de uma das linguagens da
Arte Contemporânea.
4
JUSTIFICATIVA Com
as respostas positivas de colaboração do Museu do Trabalho e do Comando Militar
do Sul - ambos situados na rua dos Andradas, considerada o Corredor Cultural do
Centro Histórico da Cidade - começamos o nosso estudo, para efetivamente,
planejar um projeto com uma ação possível e desenvolvê-lo dentro do prazo da
disciplina. Face às peculiaridades do Museu do Trabalho e à entrevista com o
Diretor da instituição, senhor Hugo Silva, identificamos que uma ação educativa
com jovens militares está relacionada diretamente ao conceito de desafio.
Primeiro, porque estamos
desenvolvendo um projeto pela perspectiva de um museu que não possui setor
educativo para os públicos diversos que estão à sua volta. Não significa a
falta de interesse da instituição, mas por tratar-se de um museu que possui
forte relação com grande parcela da comunidade artística de Porto Alegre,
principalmente das artes visuais, que frequenta a instituição com assiduidade,
colabora, produz e, inclusive, adquire suas obras. Talvez a necessidade de
chamar outros públicos não tenha sido ainda percebida. Segundo, porque
acreditamos na função social dos museus e entendemos ser a integração com os
públicos em sua diversidade, de suma importância. O público de interesse,
formado por jovens Recrutas do Exército, está vinculada aos pontos a seguir
elencados: - O Museu do Trabalho não possui um projeto educativo; -
Inexpressiva visitação de jovens e da comunidade do entorno no MT; - Proximidade
local dos jovens com o Museu do Trabalho; - Facilidade das estudantes em
acessar aos jovens recrutas do CMS[2]; - Desafio de trabalhar
com público jovem e, em especial, com o referido perfil, tendo em vista que os
mesmos vivenciam em seu cotidiano a formalidade e a rigidez de normas
militares. Tomamos a definição do Estatuto da Juventude do Brasil que considera
jovem todo o cidadão com idade entre 15 e 29 anos. Compreendemos que essa época
é de experimentações, definições e indefinições sobre seus interesses pessoais
e perspectivas futuras de suas vidas. Assim, conhecer um aspecto cultural
próximo pode contribuir para ampliar suas experiências de vida. Nosso grupo de
participantes pode ser considerado incomum, dentro da ótica, das perspectivas e
das expectativas da educação em museus de arte. No entanto, as palavras de
Maria Célia Santos, nos motivam a seguir a trilha que iniciamos até aqui. Para
ela, os métodos e as técnicas a serem utilizados em projetos a serem
desenvolvidos pelos museus e pelas escolas, devem ser apoiados nas concepções
de educação, de museologia e de museus adotadas pelos sujeitos sociais
envolvidos no planejamento e na execução dos mesmos, devendo, pois, ser
adaptados aos diferentes contextos, aos anseios e expectativas dos diversos
grupos com os quais estejamos atuando, sendo repensados constantemente,
modificados e enriquecidos com a nossa criatividade, com a nossa capacidade de
ousar, realizando um processo constante de ação e de reflexão, no qual teoria e
prática estejam sempre em interação. (2001, p.2)
Embora não estejamos tratando com
escolas e sim, com um grupo de jovens militares, aí está o desafio de nosso
trabalho: encontrar novas possibilidades de integração entre museus e seus
prováveis públicos, apresentando as diversidades que podemos descobrir em
ambos. Trata-se de um público que circula no entorno do equipamento cultural,
objeto do trabalho e que, no entanto, não visita o Museu.
A pesquisa sobre a instituição,
os artistas, as atividades de produção de arte e das obras que estão em
exposição e até mesmo sobre o público, nos fizeram encontrar as formas que
melhor pudessem se adequar ao projeto. O desenvolvimento da ação de mediação,
sendo um dos objetivos deste projeto, já informado no item anterior, pode nos
trazer gratas surpresas, mesmo, sendo aplicado um dos métodos de interpretação
mais utilizados, conforme Grinder e McCoy citados por Grinspum:
De acordo com GRINDER e MCCOY7
(1998: 56-57), existem muitos tipos de visitas monitoradas e as que propiciam
melhor aprendizagem e aproveitamento são as que utilizam métodos de
interpretação. Os métodos de interpretação mais utilizados são: visita-palestra,
discussão dirigida e descoberta orientada. (2000, p.48) Para Waldisa Guarnieri,
a ação educativa, na perspectiva museológica,
(...) é usada em sentido de
aprendizado constante para a vida e, não, meramente como ensino acadêmico ou
educação formal. (...) tanto atividades “educativas” como “culturais” servem à
educação como processo permanente e contribuem para a realimentação da cultura,
entendida esta em seu sentido mais amplo e dinâmico. (1980, p.140-142) Assim,
este projeto apresentará uma experiência em museu, valendo-se do método da
"descoberta orientada", onde haverá interação das mediadoras com o
público, a fim de buscar um novo olhar, uma nova percepção ou até, mesmo, uma
ideia jamais imaginada pelos indivíduos que fazem parte deste grupo de participantes,
a partir da ação educativa com viés cultural.
5
DESENVOLVIMENTO
O Projeto teve seu início com a consulta a algumas instituições museais e com o
CMS. Após recebermos a resposta do diretor Hugo Silva do Museu do Trabalho, que
aceitou colaborar com o projeto e da Tenente Nathalia, Museóloga do Museu
Militar do Comando Militar do Sul, a qual entrou em contato, após nosso pedido
junto ao protocolo do Comando, concedendo-nos autorização para acesso ao grupo
de jovens recrutas, começamos a pesquisa.
Considerando o perfil do local a
ser visitado e do público, entendemos que a metodologia a ser trabalhada com o
mesmo deve ser a mediação, com o objetivo de promover a construção de
significados e novos olhares no espaço expositivo. Em virtude do público ao qual
se destina a ação educativa – jovens Recrutas do Exército – a autorização
prévia, obtida junto ao Comando Militar do Sul, define que os trinta Recrutas
devem participar da atividade em grupos de dez e em dias alternados. Assim, a
mesma ação será desenvolvida em três ocasiões, com o seguinte roteiro:
1ª etapa: O encontro com os
jovens no Museu Militar. No saguão da instituição será feita aos recrutas a
apresentação das estudantes, do projeto a ser aplicado e uma breve descrição do
local a ser visitado. Na sequência, cada estudante acompanhará um grupo com
cinco Recrutas até o Museu do Trabalho, em uma caminhada até o MT. Durante o
percurso, as estudantes farão interações com cada grupo sobre suas experiências
em visitação a Museus.
2ª etapa: Chegando ao local, os
grupos se reúnem e as estudantes passam a fazer a mediação direcionando a
atenção dos Recrutas para o prédio do Museu, sua localização e arquitetura.
Nesta mediação será apresentada aos jovens, a arte na fachada externa do prédio
que apresenta pinturas, desenhos, grafite e mosaicos em cerâmica.
3ª etapa: A seguir, encaminham-se
para o interior do prédio, especificamente, para a oficina de gravuras. Na
terceira etapa conhecerão o processo de produção e reprodução de arte em litografia[3], na Oficina de Gravuras
que funciona em um dos pavilhões do Museu. Essa atividade será desenvolvida
pelo chefe da oficina, Paulo Chimendes, mais conhecido por mestre Paulinho.
Formado em litografia e em outras áreas das artes plásticas, inclusive gravura
em metal, xilogravura e esculturas, Paulinho vai preparar o material especialmente
para os jovens participantes do projeto, onde fará a demonstração completa da
produção e impressão de uma litogravura. Os participantes deixarão a sua “marca
artística” em litogravura, conforme roteiro apresentado no anexo 1.
4ª etapa: Finalizada a
demonstração na Oficina de Gravuras, os participantes do projeto conhecerão o
maquinário em exposição permanente no Museu. Nessa etapa, as “mediadoras” farão
uma explanação do que se trata o maquinário e o motivo pelo qual estão em
exposição.
5ª etapa: A última etapa da ação
educativa mediada pelas estudantes é a visitação da sala de exposições onde
ocorre a intervenção “Associações Disjuntivas II”, do artista visual cearense
Eduardo Frota. Antes de entrarmos nesse espaço expositivo, as mediadoras conversam
com os Recrutas e explicam que na próxima sala eles verão uma intervenção, que
no universo da arte contemporânea é todo processo que provoca uma interferência
artística seja num espaço urbano, em obras de arte ou produtos preexistentes ou
em projetos arquitetônicos, de forma definitiva ou efêmera.
Valendo-se, então, da técnica de
“descoberta orientada”, as monitoras proporão aos visitantes que descubram as
intervenções feitas no ambiente. Eles podem escolher por onde começar e as
monitoras estimulam novas direções do olhar ou, até mesmo, jogos podem ser
propostos, direcionando a uma experiência lúdica de percepção material e
espacial em relação ao trabalho do artista (anexo 2). Essa proposta está
intimamente ligada ao modelo de intervenção ofertada ao público pelo artista
visual Eduardo Frota.
O artista utiliza, conforme
descrito no material de divulgação, “a própria arquitetura do prédio para
compor sua obra. As portas, os vidros das janelas internas, a escada que conduz
à reserva técnica do acervo de máquinas, tudo foi removido de seu lugar de
origem, para, na sequência, ser recodificado como se fosse desenho ou pintura
nas próprias paredes do prédio. As partes, assim reinstauradas, dão outra
fisicalidade ao todo, reinventando o espaço arquitetônico do velho galpão de
madeira. Parte do prédio, bastante conhecido pelo público porto-alegrense,
aparece todo reconfigurado, colocando à mostra recantos e detalhes até então
insuspeitados”. Cabe às mediadoras observar e, se necessário, instigar
correlações entre as propostas pelo artista e a interpretação dos jovens.
O final da ação educativa,
contará com a proposta aos visitantes de uma avaliação do projeto e das
estudantes, na forma de imagens (anexo 3) e com a entrega de uma impressão da
arte gravura (anexo 4) - resultado da dinâmica na oficina - a cada um dos
participantes.
ANEXO 1 - Oficina de gravuras
A Oficina de Gravuras do Museu do
Trabalho produz gravuras através das técnicas de xilografia, gravura em metal e
litografia. O processo de impressão apresentado aos visitantes será o da
litografia. Trata-se da técnica de impressão que utiliza uma pedra calcária de
grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias
gordurosas.
Fonte:
http://7dasartes.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-litografia.html Pedra
litográfica Mestre Paulinho fará a demonstração completa do processo de
produção de uma litogravura. Os jovens serão convidados a participar do momento
em que o desenho será traçado na pedra. O processo de litografia consiste,
basicamente, nas etapas informadas a seguir.
O processo:
1. Limpar a pedra com lixas e
grãos de areia
2. Aplicar produto químico (ácido
acético)
3. Desenhar na pedra com lápis
litográfico - Esta etapa terá a participação dos visitantes. Cada jovem
contribuirá com um ou mais traços no desenho (com ideia pré-concebida pelas
acadêmicas e o mestre da oficina) que dará origem à gravura.
4.Gravar o desenho com uso de
grão fino de areia
5. Pulverizar com estopa para
retirar o excesso de grãos
6. Aplicar talco especial para
litografia
7. Pulverizar com estopa para
retirar o excesso de talco
8. Aplicar goma pura e massagear
(com as mãos) a pedra
9. Aplicar com pincel, soluções à
base de goma é ácido nítrico
10. Retirar a camada de goma
através de lavagem da pedra com água usando uma esponja litográfica
11. Aplicar outra camada de goma
12. Secar a pedra com abanador
13. Aplicar solvente e asfalto
líquido
15. Lavar a pedra com água
16. Passar o rolo de tinta até
imagem tornar-se visível novamente
17. Aplicar soluções ácidas
18. Entintar a superfície da
pedra com rolo de tinta
19. Limpar com água a imagem e as
bordas da pedra
20. Retirar o excesso de água com
esponja litográfica
21. Colocar o papel úmido sobre a
superfície da pedra
22. Imprimir com o uso de uma
prensa litográfica
23. Iniciar a tiragem com papel
de impressão
A impressão da imagem é obtida
por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre o papel.
Fonte:
http://blogdoorlando.blogosfera.uol.com.br Modelo de prensa litográfica
Importante lembrar que cada etapa tem seu tempo de execução próprio, tanto para
a aplicação, quanto para o repouso entre algumas ações.
ANEXO 2 - Dinâmica
Descobrindo a intervenção através
do jogo do Sim e Não
Objetivo: Promover a interação
dos jovens com a intervenção, ao identificar os materiais e o espaço ao qual
pertenciam, estimulando a percepção da diversidade ao pensar o trabalho da
arte, buscando seus significados e ressignificados.
Após visitar as obras expostas, o
grupo se reúne. As mediadoras propõem a seguinte dinâmica:
Um grupo se afasta para uma das
salas do Museu e o outro escolhe duas obras da intervenção para que o outro
grupo identifique a opção. Em um post-it descrevem o que escolheram e entregam
para a sua mediadora. O outro grupo retorna e é orientado por sua mediadora
como se desenvolverá o jogo do sim e do não.
As perguntas serão sobre os
materiais e espaços.
Ex.
Representante do grupo escreve no
post-it “obra em vidro branco”.
Grupo 2 pergunta: a obra é em
vidro?
Grupo 1 responde: Sim
Grupo 2: A cor da obra é preta?
Grupo 1: Não
Grupo 2: Está na parede à
esquerda?
Grupo 1: Sim
Etc.
Ao identificarem o objeto e sua
localização atual, a mediadora fará intervenção solicitando que todos mostrem
onde, originalmente, se encontravam os materiais utilizados na intervenção
escolhida pelo Grupo.
Na sequência, a dinâmica é
realizada com o outro grupo.
ANEXO 3 - Avaliação
Você gostou da proposta das
estudantes de Museologia?
Você gostou da visita?
ANEXO 4 - Litogravura
As litogravuras, produzidas com a
participação dos jovens durante o período da ação educativa, serão entregues a
cada integrante do grupo que corresponder à sua arte e produção. Serão três
gravuras diferentes, cada uma com uma marca característica de cada grupo
participante. Os jovens assinarão a arte e receberão, individualmente, uma
impressão (pela máquina litográfica e em papel especial) da gravura da qual
participaram com seu traço pessoal.
Ideia de litogravura a ser
produzida:
Arte com o Museu do trabalho e o
Museu Militar do CMS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRUNO, C.. MUSEOLOGIA: ALGUMAS
IDÉIAS PARA A SUA ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR. Cadernos de Sociomuseologia, América
do Norte, 9, Jun. 2009. Disponível em:
.
Acesso em: 02 Out. 2016.
GUARNIERI, Waldisa R. C.
Exposição: texto museológico e o contexto cultural. 1986d. In: BRUNO, Maria
Cristina Oliveira (Org.) Walsisa Rússio Camargo Guarnieri: textos e contextos
de uma trajetória profissional. Vol. 1, 1. ed. São Paulo: Pinacoteca do Estado;
Secretaria de Estado de Cultura; Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de
Museus, 2010. p. 137-143
GRINSPUM, Denise. Educação para o
patrimônio: Museu de arte e escola – Responsabilidade compartilhada na formação
de públicos. 2000. 131p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade
de São Paulo, São Paulo. p. 7-27 (capitulo 1).
GRINSPUM (UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO - USP - SÃO PAULO/SP, BRASIL), Denise. Mediação em museus e em
exposições: espaços de aprendizagem sobre arte e seu sistema. Revista GEARTE,
[S.l.], v. 1, n. 3, dez. 2014. ISSN 2357-9854. Disponível em:
. Acesso
em: 03 Out. 2016.
SANTOS, Maria Célia Trigueiros
Moura. Museu e educação: conceitos e métodos, 2001. [Artigo extraído do texto
produzido para aula inaugural do Curso de Especialização em Museologia do Museu
de Arqueologia e Etnologia da USP, proferida na abertura do Simpósio
Internacional “Museu e Educação: conceitos e métodos”, realizado no período de
20 a 25 de agosto].
https://www.facebook.com/museudotrabalho.
Exposição Associação Disjuntivas. 14 de outubro de 2016
http://www.museudotrabalho.org.
Museu do Trabalho. 3 de outubro de 2016
http://www.planalto.gov.br.
Estatuto da Juventude. 3 de outubro de 2016
[1] O Museu do Trabalho aluga,
atualmente, um de seus pavilhões com estrutura para apresentações de
espetáculos, denominado Teatro do Museu a uma companhia de teatro da capital (a
Casa de Teatro de Porto Alegre). A Casa de Teatro faz ensaios e apresentações,
inclusive de peças teatrais direcionadas ao público infantil e tem intensa
atividade no espaço. A sede da companhia é em outro endereço, em Porto Alegre.
Localiza-se na rua Garibaldi, 853, bairro Floresta.
[2] A
escolha dos jovens para vivenciar essa experiência está vinculada à facilidade
de acesso ao grupo, tendo em vista que uma das proponentes é mãe de um recruta.
Ressalte-se que o jovem não participará da atividade.
[3]
Técnica de produção e
impressão de gravuras, onde se utiliza um bloco de pedra calcária. Com o mesmo
bloco é possível a reprodução de várias cópias da mesma arte.
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