quinta-feira, 27 de março de 2008

Quem sou eu...ou “quens”?

Eu sou várias. Assim como não tenho uma opinião formada sobre muitas questões, apresento variadas faces, que surgem a cada momento, fazendo surgir novas formas de ver e pensar. Sou mãe, corretora, motorista, filha que cuida da mãe, despachante, estudante, amante dos animais, etc.
Sou corretora de seguros há seis anos e estudante de arquivologia há menos de um mês. Estou, ainda, à procura da felicidade e, talvez, a encontre, já que escolhi um curso com plena consciência e maturidade. Hoje, com trinta e quatro anos, ainda sinto que falta muita coisa para me sentir plenamente tranqüila neste mundo. Tranqüila no sentido de ver que meus esforços serão recompensados com algo concreto e que me dê prazer.
Sempre vivi em Porto Alegre. Na adolescência gostava muito de ir na “Osvaaaaaaldo”, principalmente nos domingos à tarde, naquela loucura tipo “Woodstock”. Estudei no Colégio Julio de Castilhos – diga-se de passagem: a melhor época da minha vida -, entrei na PUCRS para estudar Jornalismo, entrei na UFRGS para estudar História. Não completei os cursos e me sentia, até hoje, órfã de vontade e tempo para estudar. Minha vida pessoal, assim como a profissional, não estavam me agraciando com estes fatores.
Engraçado que, retornando, agora, aos bancos escolares, este tempo e esta vontade triplicaram. Normalmente, eu estaria neste momento, pensando em todos os problemas da semana que passou e nos que viriam, ressuscitados na semana seguinte. Pleno sábado à noite...
Estou feliz neste momento. Penso no fato de gostar de estudar, principalmente quando existe alguém para cobrar os questionamentos destes estudos. Tenho expectativas, das melhores, em relação ao curso. Pretendo me dedicar ao máximo, tanto na aprendizagem como na aplicação destes conhecimentos, mesmo ainda não conhecendo bem a função prática do arquivista. Mas penso que, organizar as informações que a humanidade produz ou busca, seja um ato de amor. Amor à perpetuação do conhecimento.

O que é Ciência?

A Ciência, provavelmente, tem a ver com a consciência e metodologia. Quando temos ciência, ou seja, quando somos conscientes de fatos, reflexões e observações sobre algo, procuramos respostas através da Ciência(estudo). Quando falamos em Ciência, seguidamente nosso imaginário depara-se com a imagem de um pesquisador cientista no ambiente de um laboratório, observando seu objeto de estudo, buscando respostas às suas indagações.

“...o que é Ciência é um problema polêmico e de solução discutível...”

O trecho acima foi transcrito da obra Introdução à metodologia científica: caminhos da ciência e tecnologia, de autoria de Gildo Magalhães. O que é Ciência, afinal? E o que é a Ciência da Informação que tanto citamos e analisamos em nosso curso?
No caso da informação, é o método que atém-se à análise, ao estudo, à observação, à reflexão e à busca a esclarecimentos e conhecimentos que cercam as informações. Assim como no domínio em relação à sua organização, manutenção e divulgação. Obviamente, outras Ciências produziram legados, crenças, explicações ou relataram fatos da humanidade. A Arquivística (ou Arquivologia), como Ciência da Informação, aprimora-se cada vez mais, no sentido de analisar seu objeto de estudo em todos os campos de conhecimento e perpetuar seus registros através de uma metodologia.
O Mundo está sempre em renovação. Assim como as informações não são absolutas e eternas, até mesmo o método e a técnica acerca da Ciência neste âmbito, está em constante mudança. Os pesquisadores e cientistas da informação, hoje em dia, têm a noção de que não existe uma verdade absoluta e que há a necessidade de considerar todas as visões e interpretações possíveis. Cientificamente, poderíamos pensar que existe uma lógica na consideração do que é útil, na manutenção e na organização de documentos, registros ou arquivos.
Mas podemos presumir que a lógica é algo estático e que a Ciência é algo que está em constante mudança. Se a arquivística é a Ciência que preserva e guarda as evidências de outras ciências, ela também é complexa e tem em seus profissionais a consciência de que existem várias realidades. De um modo geral, a Ciência é observação e a Ciência da Informação, além de observar, disponibiliza, de uma forma organizada e acessível, o conhecimento adquirido pelas diversas fontes de informação e saber.
No estudo da Ciência da Informação temos lido e assistido a vídeos que citam constantemente a Física Quântica. Talvez por ser a Ciência da incerteza e das possibilidades, ela vem para nos alertar sobre as diversas visões que precisamos ter sobre as realidades que nos são apresentadas, sejam próximas ou longínquas. Somos parte de um sistema, onde tudo interage e se complementa. As informações não vêm de apenas um lado e não serão divulgadas apenas para um sentido. Precisamos estar com a mente aberta para as mudanças, sejam externas ou internas.
Esta mensagem é clara no filme Mindwalk, do diretor Bernt Capra, inspirado no livro Ponto de Mutação de seu irmão, o físico Fritjof Capra. Do diálogo entre uma física, um poeta e um político, surgiram novas visões do Mundo para as três personagens. Cada um aprendeu com o outro, clareando assim, algumas questões que eram nebulosas, seguindo sua vida com a consciência de que as idéias não são absolutas e podem ser transformadas e que podem existir infinitas verdades e teorias sobre a vida.
Apoiando o conhecimento científico, em busca da consciência de que não existe uma absoluta realidade, é que segue a Ciência da Informação.

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