quarta-feira, 4 de novembro de 2009

ARTIGO_RESTAURAÇÃO

REPORTAGEM DA REVISTA VEJA –


Edição 2129 / 9 de setembro de 2009

Livros

De volta à vida

Um projeto ambicioso de restauração de livros devolve

ao público uma parte valiosa do acervo da Biblioteca Nacional



Marcelo Bortoloti



UM BANHO REVITALIZADOR

A restauração inclui processos como a imersão das páginas em água



A Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, guarda 2 milhões de livros. Mas é para um conjunto de pouco mais de 200 que as atenções estão voltadas neste momento. São volumes "à beira da morte", na linguagem usada pelos especialistas para definir aqueles tomos que caminham aceleradamente para a desintegração. Para salvá-los, a instituição está empreendendo um grande projeto de restauração, que devolverá às prateleiras pelo menos 57 dessas obras, algumas escritas há 500 anos. Armado de pincéis, luvas e resinas especiais, um corpo de 38 funcionários se dedica a ressuscitar peças raras. O trabalho, iniciado há cinco meses, acaba de ter sua primeira etapa concluída. Foram reconstituídos quinze livros. Os outros 42 deverão estar à disposição do público em abril de 2010.

Há algo de épico nessa restauração. Quase todos os volumes incluídos no projeto vieram da Real Biblioteca portuguesa, em Lisboa. Alguns sobreviveram ao incêndio provocado pelo terremoto de 1755. Logo depois, em 1808, foram transportados para o Brasil na atropelada mudança da corte. Na precipitação da fuga, parte deles ficou esquecida no porto de Lisboa e só foi levada para o Novo Mundo dois anos depois. O acervo mudou duas vezes de endereço até 1910, quando foi construído o imponente prédio da biblioteca, no centro do Rio. Entre as preciosidades guardadas ali está um delicioso O Bom Uso do Chá, do Café e do Chocolate para a Preservação e Cura de Doenças, de 1687, do médico particular de Luís XIV, Nicolas de Blegny. Ou a enciclopédia medieval Margarita philosophica, de 1515, na qual o Brasil aparece pela primeira vez no mapa do mundo.

Fotos Biblioteca Nacional e Oscar Cabral



NOVO EM FOLHA

O livro de Nicolas de Blegny sobre os usos terapêuticos do café e do chá, em edição

de 1687, mostra os bons resultados das

novas técnicas de restauração



A restauração de um livro dura, em média, quatro meses. O processo inclui etapas surpreendentes para os leigos, como mergulhar as páginas em água filtrada. Em seguida, ocorre a reenfibragem, um segundo banho de imersão numa solução de água e polpa de celulose, que reconstitui as áreas danificadas das páginas. O futuro dos outros 140 livros que estão fora de circulação é incerto, seja por falta de verba ou tecnologia. Entre esses, a maior perda é uma edição de 1661 de A Cidade de Deus, de Santo Agostinho. Vários trechos foram cobertos com tinta durante o período da Inquisição. O método de censura se mostrou mais efetivo do que os próprios inquisidores poderiam supor: a tinta usada para impedir a leitura das páginas contém partículas metálicas, que provocam oxidação e corroem o papel. Não se encontrou uma forma de removê-la.




EDIÇÃO DA SEMANA

ACERVO DIGITAL





sábado, 19 de setembro de 2009

ACERVO PRECISANDO DE CARINHO

Quase todo o lar tem um acervo de livros, documentos e fotografias. Na minha casa conto com um número razoável de livros de muitas áreas do conhecimento e de ficção,  revistas variadas, manuais diversos, fotos da família, fotos de amigos, fotos de animais, etc. A maior parte deste acervo foi-se acumulando durante, aproximadamente, setenta anos. Entre as fotografias, em especial, temos exemplares de até cerca de cem anos de existência. Para dar início a um projeto pessoal e despretensioso, meus olhos se voltarão para uma das estantes com livros e revistas, que está localizada num anexo da casa, o qual utilizamos para quarto de hóspedes. Em primeiro momento, nossa atenção se voltará para o material presente na estante deste anexo. Postei, para melhor entendimento do leitor, as fotos do dia 19/09/2009.




Nota-se que a estante de madeira fica escondida atrás de alguns móveis. Durante algumas semanas estarei dedicando uma parte do meu tempo para corrigir pelo menos alguns pontos críticos (na verdade, são muitas falhas e descuidos). As fotos com cada passo serão postadas, no decorrer dos trabalhos...inclusive, a retirada destes móveis. Em outro momento, iniciarei o cuidado adequado às fotografias.


sábado, 27 de junho de 2009



O TEXTO ABAIXO FOI EXTRAÍDO DO SITE: www.hippies.com.br/site/index.php?start=24


Um senhor, chamado José Arguelles, trabalhou num livro, entre 1986 e 1987, livro chamado "O Fator Maia". Nesse livro, ele comete uma série de erros, mas o principal deles foi ter modificado a ordem dos ciclos maias em relação ao ciclo original de 2012. Na prática, ele pegou carona no ciclo de 2012, mas MUDOU toda a ordem dos ciclos que se relacionam a ele, destaque especial para o TZOLKIN, o Calendário Sagrado, ou o calendário dos "kins". Ele modificou a ordem sem maiores explicações, e divulgou, dentro desse livro, como se a ordem que ele criou fosse genuinamente maia.
Depois disso, ele passou a divulgar o calendário dele, com o nome de Dreamspell ("Encantamento do Sonho"), uma referência à origem do calendário dele, que são os sonhos que ele teve. Esse calendário ficou mais conhecido aqui no Brasil como "Calendário da Paz" ou "Sincronário da Paz". Dentro esse calendário, ocorreu uma "mistura da nova era", digamos assim, onde incluíram runas, i ching, sempre sob a leitura pessoal do Arguelles, e também começou a idéia de que os maias foram para outro plano, que maias são ETs, etc, etc. Pegaram carona também na "Bandeira da Paz" e na "Federação Galática". Houve um movimento, ainda na primeira parte da década de 90, que visava substituir o calendário gregoriano pelo calendário dele, onde o Arguelles chegou a se reunir com gente da ONU e do Vaticano, mas não teve sucesso, e passou a botar a culpa no "maldito capitalismo", depois que não conseguiu apoio dele. O argumento era que "o calendário gregoriano está errado", "devemos sair da 'frequência' 12:60 (12 meses, 60 minutos) para a frequência 13:20 (13 'tons' e 20 'selos', base matemática do calendário sagrado)". Entretanto, o Calendário da Paz desrespeita o ciclo original de 2012 e, ao mesmo tempo, ESTÁ PRESO ao calendário gregoriano. Há uma contradição: ele diz que o calendário gregoriano é "coisa ruim", mas o calendário da paz está totalmente preso ao mesmo calendário que ele pinta como se fosse o diabo.
A comunidade acadêmica nunca reconheceu esse calendário, e o criador do mesmo foi "obrigado" a esclarecer ao público de q o calendário dele NÃO era o calendário maia, por não ter bases suficientes para comprovar aquilo q ele dizia no livro publicado na década de 80. Entretanto, ele começou a dizer que o calendário dele era o calendário dos "maias galáticos", numa tentativa de afirmar o calendário dele como se fosse um maia "evoluído" (coisa que é repetida por muita gente, mas que não tem base alguma), e estranhamente ele passou a ser cada vez mais o centro das atenções dentro do calendário que criou, onde ele é colocado como "encerrador dos ciclos", "enviado de outros planetas" e uma possível "reencarnação" de um conhecido rei-sacerdote maia. Mais uma vez, tudo baseado nos SONHOS dele (literalmente, ele sonhou e relatou, etc, etc), mas que obviamente ele não tem como comprovar. A coisa toda acaba se resumindo à fé no CRIADOR do Calendário da Paz. Mas lembrem-se: se o calendário da paz funciona com você, isso não quer dizer muita coisa pois, como disse um sábio senhor, "o calendário sagrado dos maias é um oráculo, e todo oráculo responde se você colocar energia nele", mesmo se você não o utilizar em acordo com os maias. Dizer que o Calendário da Paz é maia é passar por cima da história, da arqueologia, da antropologia, etc, etc, etc. É um crime cultural, eu diria. Afinal, se trata de um calendário mais novo do que boa parte das pessoas que aqui estão. A questão é que 20 anos atrás esse assunto era domínio de poucos, e quando o cara chegou trazendo tudo isso um monte de gente aceitou sem questionar. No Brasil, então, piorou: até 2006, quando eu iniciei um projeto de esclarecimento e transmissão de conteúdos condizentes com o calendário maia original, o "grande público" só tinha acesso a conteúdos em português sobre o "Calendário da Paz" ! O fato de o ano novo ser sempre em 26 de Julho demonstra como o Calendário da Paz é preso ao gregoriano. Mas é também uma mentira dizer que 26 de Julho é o ano novo maia.

Para saber mais, existe um pequeno artigo meu, de 2006, que trata sobre a página do livro "O Fator Maia" onde Arguelles literalmente diz que o calendário dele é maia, mas comete erros primários:http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=17055759&tid=2475817868972769492&start=1
Um amigo e colaborador português escreveu um artigo que determina vários outros erros contidos nesse livro, artigo esse que pode ser acessado no seguinte link:http://www.hippies.com.br/site/index.php/artigos-mainmenu-31/56-artigos/732-erros-de-calculo-no-livro-o-fator-maia.html

Ou ainda, em links alternativos:Download link 1
Download link 2
Existe, ainda, a minha comunidade, "Calendário Maia NATIVO", para quem quiser. E também podem falar comigo direto pelo meu perfil.Abraços, e espero que possamos esclarecer isso para todos durante o festival desse ano (Festival Fora do Tempo)

Fonte: calendariosagrado.org

sábado, 30 de maio de 2009

DIGITALIZAÇÃO DE IMAGENS: QUALIDADE DIGITAL DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS


RESUMO

Este trabalho analisa a leitura de textos que trazem referências ao processo de digitalizar imagens e a qualidade digital para textos e documentos de arquivo. Aborda a importância da preservação de documentos e o uso da tecnologia para melhorar o armazenamento e o acesso ao usuário de documentação arquivística. Apresenta a relação que pode haver entre os hardwares envolvidos no processo de digitalização e a qualidade da imagem digital.

Palavras-chave: Digitalização. Imagem digital. Qualidade de imagem. Resolução digital. Texto digitalizado.


1 INTRODUÇÃO

Na medida em que os serviços estão cada vez mais amplos, fazendo a sociedade acumular uma infinidade de documentos, surgem, também, diversas formas de gerar, armazenar, organizar, compartilhar e acessar este volume de informações. Seguindo a tendência de preocupação com o meio ambiente, podemos considerar que os documentos em papel podem ser danificados facilmente e que a documentação digitalizada fica protegida da ação da umidade e do tempo. Existindo, assim, uma contribuição para a diminuição de produção de papel e uma organização otimizada dos acervos.
O gerenciamento eletrônico de documentos é uma importante ferramenta para o andamento eficiente de qualquer tipo de organização documental, assim como na produção e reprodução de documentos literários. Veremos, no decorrer deste trabalho, alguns recursos que envolvem o processo de digitalização de textos e documentos arquivísticos. Embora não seja um trabalho com profunda abordagem técnica e científica, este artigo mostrará, juntamente com o desenvolvimento da pesquisa literária, figuras de alguns equipamentos e periféricos utilizados neste processo de tornar os documentos em imagens digitalizadas.
A base desta pesquisa vem dos textos do Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos – CBPA. Este artigo, portanto, aborda o processo de digitalizar imagens e os requisitos de resolução digital para textos. Apresenta alguns exemplos práticos de instituições que já utilizam a produção de documentos eletrônicos ou a digitalização de documentos físicos, facilitando o acesso do usuário ou do cliente.


2 A DIGITALIZAÇÃO

Os documentos produzidos na administração de uma instituição podem ser digitalizados para facilitar sua guarda, organização, compartilhamento e acesso. Um documento digitalizado pode ser facilmente encontrado no ambiente virtual. Seja em um computador pessoal, ou em um sistema entre computadores de uma empresa ou no ambiente globalizado da Internet. Para iniciar o processo de digitalização será necessário um equipamento que faça a leitura do documento e o envie para o computador.
O scanner(Fig.1) é o aparelho mais utilizado para fazer esta leitura. Ele faz uma varredura no documento a ser digitalizado, num processo semelhante ao de uma máquina fotocopiadora. A grande vantagem é que o scanner, quando conectado ao micro e através de um software instalado no computador, envia o documento em forma de uma linguagem digitalizada ao microcomputador e este último lê, processa esta linguagem e a transforma em imagem visível aos nossos olhos.
Esta transformação do documento real em documento digital, quanto mais eficiente ela for, mais características do documento original impresso ela vai captar. Abaixo, um exemplo de documento digitalizado (Fig.2).

Atualmente, a grande maioria de documentos é criada no ambiente virtual. Poderíamos nos perguntar, então, o por quê da digitalização de documentos. A resposta é simples. Assim como criamos diversos documentos no computador, não temos acesso a muitos outros documentos que não seja em sua forma digitalizada. Não temos todos os programas geradores de documentos ou não somos aptos a ter todas as ferramentas que tornam possível produzir determinada documentação. Podemos acessar uma diversidade de materiais na Internet, por exemplo, porque, simplesmente, foram digitalizados e dispostos ali para nosso acesso. Alguns documentos ou textos, são criados eletronicamente e disponibilizados na rede. Outros, digitalizados a partir de originais impressos em papel.
Muitas seguradoras, por exemplo, já disponibilizam as apólices e as condições gerais de seguros contratados, a seus clientes, através de mensagens eletrônicas. O arquivo enviado, em anexo, na mensagem é em forma de PDF (Portable Document Format). Indivíduos, empresas e agências governamentais utilizam o formato PDF como uma ótima forma de comunicação, divulgação e compartilhamento de documentos enquanto mantém o conteúdo inalterado, prevenindo os direitos autorais. O cliente pode imprimir e guardar o documento em seu arquivo pessoal ou mantê-lo na memória do computador ou do servidor de e-mail.


3 QUALIDADE DA IMAGEM DIGITAL

O uso de máquinas eficientes, assim como o conhecimento adquirido de quem as utiliza, garantem a qualidade da imagem digital. Todo o processo de digitalização começa na preparação dos documentos a digitalizar. Após, é executado o primeiro controle de qualidade, através da visualização do documento digitalizado e se este conferir com o original, o documento digital é enviado para a base de dados e o documento original arquivado, conforme se encontrava antes do processo de digitalização.
Um processo eficiente de digitalização de arquivos já impressos, possibilita a captura de todas as características do documento, possibilitando uma futura reimpressão deste documento com 100% de suas características de cor e imagem preservadas. (IMG DIGITAL1)
Utilizando-se de meios eletrônicos para produzir e ou reproduzir seus documentos administrativos, as empresas ou instituições aperfeiçoam tanto o acesso aos documentos arquivísticos quanto a própria qualidade e preservação de seus documentos. Administrar ou gerenciar documentos arquivísticos, a partir da aplicação de conceitos e teorias difundidas, garante às empresas públicas ou privadas obter maior controle sobre as informações que produzem e ou recebem.
A capacidade do computador e os programas instalados, assim como o desempenho do próprio scanner ou qualquer outro periférico são determinantes para a qualidade da imagem do documento arquivístico escaneado. O espaço de armazenamento de uma imagem, no computador, é muito maior do que um arquivo de texto produzido através da digitação. Mesmo esta imagem sendo de um original impresso em forma de texto. A qualidade do documento digitalizado é tão importante quanto a preservação do documento original. Em alguns casos, a digitalização torna o documento mais acessível à leitura do que o próprio original.

Abaixo, uma página de um boletim de ocorrência (Fig.3) em que o original, mesmo produzido em computador de uma delegacia da Policia Civil, foi impresso em máquina impressora matricial, com a cor em escala de cinza. O resultado deste procedimento impedia o envio por fax, pois chegava ao destino completamente ilegível.
As fotocopiadoras encontradas e alguns scanners não apresentaram o resultado esperado e a solução foi escanear o documento com a melhor resolução possível em um equipamento de última geração. O resultado foi um documento digitalizado, com uma visualização possível.



4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


O uso da digitalização pode auxiliar no desempenho de funções administrativas e de acessibilidade a documentos arquivísticos. Porém, a tecnologia da digitalização, conforme os textos estudados, ainda está no início e é preciso ter muita cautela. O cuidado em não apoiar-se totalmente na digitalização e na produção eletrônica de documentos é primordial para a consulta e o acesso às informações. Enquanto um volume grande de massa documental pode tirar mais tempo do usuário para sua organização e consulta, os arquivos digitalizados podem ser acessados em um tempo mínimo, dependendo da velocidade dos programas e da máquima onde se encontram. Isso pode levar alguns à idéia equivocada de que os documentos impressos não tem mais lugar na administração de documentos.
No entanto, o documento arquivado em computador depende de uma série de outros periféricos, além da memória da máquina. Sem um programa de leitura, de editoração, um monitor ou uma impressora, não temos acesso às informações ali armazenadas. O documento impresso em papel ainda é necessário, principalmente no que diz respeito à leitura e visualização garantida dos documentos arquivísticos.












REFERÊNCIAS

OGDEN, Sherelyn. O básico sobre o processo de digitalizar imagens. p.7-10. In: Reformatação. 2. ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 2001. (nº 44 a 47)

KENNEY, Anne r. ; CHAPMAN, Stephen. Requisitos de resolução digital para textos: métodos para o estabelecimento de critérios de qualidade de imagem. p.7-25. 2. ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 2001. (nº 51)


IMG DIGITAL – Empresa de digitalização – Texto comercial - http://www.imgdigital.com.br/1.htm
Acesso em 25/05/2009

sábado, 23 de maio de 2009

Ao Arqueólogo do Futuro

Ao Arqueólogo do Futuro
08/05/2009
Isabel Ayala


Caro Arqueólogo,

Não sei bem em que época, ano, situação ou contexto você vive no momento da descoberta desta carta. Talvez seja uma era em que os homens (caso ainda existam) não precisem resgatar idéias, pensamentos e atitudes mais antigas para tentar consertar o que se passa em seu presente. Pois digo, desde já, pode não dar certo. Vivo em uma época onde a tecnologia e o desenvolvimento médico e industrial não abafam as atitudes que, espero, sua sociedade tenha superado e transformado. Atitudes como a intolerância com o Outro. A não aceitação de uma etnia, nacionalidade, pensamento ou religião. Poderíamos ficar horrorizados com a realidade do meu passado. Mas saiba que o meu presente, nada mais é do que um retrato de desigualdade, diferenças, guerras baseadas em conhecimento tecnológico e barbárie.
Claro, também temos coisas boas no meu presente. Engraçado escrever tanto sobre presente, passado e presente que um dia será o passado. O tempo pode ser dividido em números. Tanto que fiz questão de colocar a data em que escrevo estas palavras, no início desta carta. Mas, também, o tempo pode ser a memória, a vivência, a experiência da História. É como se fosse uma onda...não sei bem se uma onda em que fazemos parte da energia que a move, ou se uma onda que nos leva a um destino incerto.
Aprendi, nestes livros de História, que povos do meu passado, através de alguns indivíduos, fossem artistas, filósofos, cientistas ou tudo isso junto,não se conformaram com suas realidades e tentaram transformar seu universo. Em alguns momentos, colocando Deus ou Deuses como o Centro de tudo, em outros colocando o próprio homem como o eixo principal da existência. Existiu em algum momento do passado do meu presente, um resgate de idéias, mais antigas ainda de quem o fez. Algo muito importante que não comentei até o momento: meu mundo divide-se em Ocidente e Oriente e, há muito, tratamos a História assim. Falo do Ocidente, ou melhor, de um país colonizado por algumas poderosas nações ocidentais.
Hoje, caro Arqueólogo, estamos sedentos de muitas coisas boas ou de notícias boas. Embora sedentos, pouco fazemos ou realizamos para que elas aconteçam. Interessante seria, juntarmos todos os líderes da melhor estirpe: cientistas, estudiosos, pensadores, políticos (os bons!), escritores, etc, a exemplo de Rafael Sanzio, que pintou o quadro “Escola de Atenas”, para chegarmos a uma receita de evolução. Evolução humana e social. Falo em evolução e não apenas resgate de idéias de outros tempos. Espero que a sua visão sobre a minha sociedade seja mais autocrítica do que observadora. Afinal, você faz parte do produto de nossos feitos. No meu tempo, a sua função, de arqueólogo, faz parte da História ciência. Você, como pessoa, faz parte da História onda, da História que fala do tempo, dos boatos, da morte, da intolerância. Não sei se você é de uma sociedade que se julga superior às outras, pois desejo que este pensamento, ou este julgamento, tenha evoluído ou se transformado em algo bem mais transcendental.
Talvez, vocês ainda dêem importância ao boato e o estudem como estudamos hoje. Porque atrás do boato pode haver muita história para explicá-lo. Estudamos a intolerância, mas não deixamos de praticá-la. Na maioria das vezes, o Eu é superior ao Outro. Podemos tolerar a intolerância? Você e sua sociedade são tolerantes?
Enfim, “nós que aqui estamos, por vós esperamos”. Estamos preparando o mundo para você, meu caro Arqueólogo do Futuro. Escrevo de uma sala de aula e esta carta é o exercício de uma prova. Estou dentro de uma universidade e acredito que você tenha algo parecido com uma escola na sua sociedade. Talvez igual, diferente...mas acredito que a tenha, na minha mais feliz idéia de evolução.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Visita ao Arquivo Histórico Moysés Vellinho

O Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho (AHPAMV) é uma Autarquia Pública Municipal, com abrangência na cidade de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. A Instituição é responsável pelo recolhimento, organização, conservação e guarda da documentação permanente do município de Porto Alegre. O Arquivo tem, como característica, a guarda tanto da documentação advinda das atividades desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre na área Administrativa, Executiva e Legislativa, quanto de documentos vinculados à História da cidade, mapas dos bairros, livros temáticos e acontecimentos da capital. No Arquivo Moysés Vellinho, encontram-se documentos produzidos desde o século XVIII até a atualidade.

O Arquivo localiza-se em sede única na Zona Leste da Capital, à Avenida Bento Gonçalves nº 1129, Bairro Partenon, Porto Alegre - RS. Telefone: 51-3219.7900. A sede é composta por dois Prédios Históricos (Figura 1 e Figura 2), reformados em 1994 e um anexo, construído em 1999 (Figura 3). A área ocupada tem mais de 5.000 m2, com vegetação abundante e diversificada.

































sexta-feira, 3 de abril de 2009

LeCoadic_Mapa

http://www6.ufrgs.br/neiti/bib03064/wp-content/gallery/yves-francois-le-coadic/c1.jpg

De acordo com o mapa de Yves-François Le Coadic, percebemos que, tanto bibliotecários quanto arquivistas, tem a contribuição de diversas disciplinas no processo de produção de documentos em meio eletrônico. A Indústria da Informação, assim como a produção de qualquer outro produto está especializando-se cada vez mais na era digital, assim como as outras atividades que a circundam. Deve-se ter o cuidado em ambiente de rede, assim como se tem na produção de documentos físicos, em relação à autenticidade dos mesmos. A contribuição do Direito, por exemplo, pode nos gararantir a base para os processos de Direito-Autoral, a História nos fornece as bases para a pesquisa, a Informática dá o suporte para a produção de documentos eletrônicos e as Telecomunicações ajudam a difundir as informações, documentos, trabalhos literários, etc. Para o bibliotecário é importante a veracidade da autoria de textos, trabalhos, artigos, livros , etc, assim como para o arquivista existe a importância de constatar que algum contrato, apólice, planilha ou memorando seja autêntico, e que faça, realmente parte do contexto de seu trabalho. No mundo virtual (acesso à rede) ou eletrônico (um simples microcomputador) encontramos uma extensão dos espaços físicos ocupados por arquivistas e bibliotecários. Assim como o Direito,as Ciências Humanas, as Ciências Exatas e as regras sociais, nos acompanham na vida profissional “real”, precisamos que haja essa interação, também na “virtual”.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A maré

A maré

Amare

Amar é...

A maré

Amare

A Mare

Amar é...

A maré

A maré

A maré

A maré...

cuidado!

Amar é...
Cuidado com a maré!

Não dorme na areia...

Lendo...

Lendo...
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