sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Projeto Olhares_Museu do Trabalho_Jovens Militares

     Esta postagem traz o texto do Projeto Olhares, elaborado como atividade da disciplina Educação em Museus do curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolvi o trabalho em parceria com a colega Marta Busnello. O projeto propõe uma ação de educação museal junto ao Museu do Trabalho, voltada a um grupo de jovens recrutas do Exército Brasileiro lotados nos quartéis localizados no Centro Histórico de Porto Alegre e a poucos metros do MT. O Projeto foi aplicado com sucesso junto à instituição, em novembro de 2016.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO/CURSO DE MUSEOLOGIA
EDUCAÇÃO EM MUSEUS (BIB03241) 
Prof.ª Drª Zita Rosane Possamai 


PROJETO DE AÇÃO EDUCATIVA NO MUSEU DO TRABALHO
Olhares, descobertas e experimentação em Arte Contemporânea
Alunas: Isabel Ayala Marta Busnello
Porto Alegre, 19 de outubro de 2016

1 INTRODUÇÃO Este Projeto é atividade a ser desenvolvida para a disciplina Educação em Museus do curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelas discentes Isabel Ayala e Marta Busnello no Museu do Trabalho (MT), instituição que atua na área de divulgação e ofício das artes plásticas e cênicas[1], localizada na Rua dos Andradas, 230, em Porto Alegre – RS. O projeto propõe uma ação de educação museal voltada a um grupo de jovens recrutas do exército brasileiro, os quais cumprem seu expediente nos quartéis localizados no Centro Histórico de Porto Alegre e a poucos metros do MT. A região central de Porto Alegre foi escolhida pela quantidade de museus e centros culturais, assim como pela diversidade de estilos destes locais. A escolha do público está relacionada com a proximidade da instituição museal e ao desafio das estudantes em atuar junto a pessoas jovens. Sendo o projeto voltado a um público específico e não ao público espontâneo de museus, o grupo precisaria estar regularmente reunido, independente da agenda da instituição. Identificamos nessa região da cidade muitas corporações as quais poderíamos consultar para contar com um grupo de participantes e optamos em contatar com o Comando Militar do Sul (CMS). Definidos a instituição e o público partimos para o estudo de uma ação que, além de um desafio às estudantes, promova crescimento acadêmico às mesmas. Aos participantes, será apresentada a história do MT, a arte urbana e atual presente em sua fachada externa, além da demonstração de um processo de expressão de arte contemporânea, com técnicas tradicionais. Por fim, será aplicada uma mediação dinâmica, junto a uma obra de intervenção arquitetônica, que estará aberta à visitação no período em que será desenvolvido o presente projeto. Ao propor um olhar sobre a arte contemporânea aos jovens, pretende-se promover a aproximação dos mesmos com os espaços culturais, em especial, com o Museu do Trabalho. Para tanto, buscamos conceitos norteadores em autores como Cristina Bruno, Denise Grinspun, Maria Célia Santos e outros pesquisadores para o desenvolvimento da atividade e a promoção da dinâmica e comunicação entre o Museu e o público escolhido. Importante salientar que o diretor do MT, Hugo Silva e a Tenente Nathalia Santos da Costa, oficial museóloga no Museu Militar do CMS, colaboraram de forma efetiva com as estudantes, possibilitando o acesso ao Museu e ao público de interesse, respectivamente.

1.1 O Museu do Trabalho No contexto de patrimônios pertencentes ao Complexo do Centro Histórico Cultural de Porto Alegre, o Museu do Trabalho tem características peculiares. Transcrevemos, a seguir, os dados disponíveis no site da instituição sobre a sua constituição, ocupação e atuação, os quais também justificam o nome "Museu do Trabalho", dado à instituição que, atualmente, se apresenta como um espaço alternativo e independente de arte. "O Museu do Trabalho é uma entidade civil. Foi fundado em 7 de dezembro de 1982, como parte de um projeto de preservação e restauração da antiga Usina do Gasômetro, abandonada pela Eletrobrás. Seu prédio foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado em 1983, após um amplo debate público sobre o destino da Usina. No entanto, o projeto inicial de ocupação da Usina do Gasômetro foi totalmente implantado e o Museu do Trabalho continua em sua sede provisória: os galpões de propriedade da Marinha do Brasil, situados no início da Rua da Praia. Desde 1986 ostenta numeroso acervo de máquinas, instrumentos, filmes, fotos e documentos referentes ao trabalho e à sua história social e começa a aparecer como novo espaço cultural para a cidade. Já em 1987 em um dos galpões anexos ao museu, montou-se o Teatro do Museu do Trabalho. Nos outros galpões, instalou-se um atelier de artes plásticas, especificamente as gráficas. Hoje um dos mais amplos e completos ateliers de gravura do estado. O Museu do trabalho também tem uma sala de exposições temporárias e oferece cursos de artes plásticas, dança, música e teatro, mas é através dos consórcios de gravuras e esculturas que garante sua sustentabilidade." (http://www.museudotrabalho.org). As visitações ao Museu do Trabalho ocorrem de terça a domingo, das 13h30min às 18h30min.

2 PARTICIPANTES Foram convidados trinta recrutas do Exército Brasileiro. Eles cumprem serviço militar obrigatório nos quartéis do Centro Histórico de Porto Alegre. Serão divididos em três turmas de dez integrantes e cada turma participará de um mesmo roteiro de atividades. Os jovens, com idades entre dezoito e dezenove anos, em sua maioria, com ensino médio concluído, cumprem rotinas militares diárias na corporação. Normalmente, após o expediente, por volta das 18 horas voltam para suas casas. Alguns dias por semana cumprem o "plantão de serviço", onde a jornada é de 24 horas dentro da instituição militar. O público-alvo para o projeto em questão, nas datas determinadas e agendadas com o CMS, será formado pelos jovens que estarão em expediente normal, ou seja, que poderão ser escalados pelo CMS para participar da dinâmica da ação educativa. O projeto desenvolvido com três datas previamente combinadas, dentro do período de três semanas seguidas (21 dias), terá dez jovens a cada atividade. Pelo fato de a ação educativa contar com mais de uma data, espera-se que, eventualmente, algum recruta que estiver em "plantão de serviço" durante uma atividade, possa participar em outra. Os dados específicos e individuais de cada participante, teremos somente alguns dias antes da ação educativa, devido ao regime de escalas do CMS.

3 OBJETIVOS · Estimular a visitação de jovens aos equipamentos de cultura; · Conhecer o Museu do Trabalho e as atividades desenvolvidas no local; · Desenvolver ação de mediação; · Provocar os olhares para uma experiência pessoal e informal da Arte Contemporânea em exposição no MT; · Promover a experimentação do fazer artístico por meio de uma das linguagens da Arte Contemporânea.

4 JUSTIFICATIVA Com as respostas positivas de colaboração do Museu do Trabalho e do Comando Militar do Sul - ambos situados na rua dos Andradas, considerada o Corredor Cultural do Centro Histórico da Cidade - começamos o nosso estudo, para efetivamente, planejar um projeto com uma ação possível e desenvolvê-lo dentro do prazo da disciplina. Face às peculiaridades do Museu do Trabalho e à entrevista com o Diretor da instituição, senhor Hugo Silva, identificamos que uma ação educativa com jovens militares está relacionada diretamente ao conceito de desafio.
Primeiro, porque estamos desenvolvendo um projeto pela perspectiva de um museu que não possui setor educativo para os públicos diversos que estão à sua volta. Não significa a falta de interesse da instituição, mas por tratar-se de um museu que possui forte relação com grande parcela da comunidade artística de Porto Alegre, principalmente das artes visuais, que frequenta a instituição com assiduidade, colabora, produz e, inclusive, adquire suas obras. Talvez a necessidade de chamar outros públicos não tenha sido ainda percebida. Segundo, porque acreditamos na função social dos museus e entendemos ser a integração com os públicos em sua diversidade, de suma importância. O público de interesse, formado por jovens Recrutas do Exército, está vinculada aos pontos a seguir elencados: - O Museu do Trabalho não possui um projeto educativo; - Inexpressiva visitação de jovens e da comunidade do entorno no MT; - Proximidade local dos jovens com o Museu do Trabalho; - Facilidade das estudantes em acessar aos jovens recrutas do CMS[2]; - Desafio de trabalhar com público jovem e, em especial, com o referido perfil, tendo em vista que os mesmos vivenciam em seu cotidiano a formalidade e a rigidez de normas militares. Tomamos a definição do Estatuto da Juventude do Brasil que considera jovem todo o cidadão com idade entre 15 e 29 anos. Compreendemos que essa época é de experimentações, definições e indefinições sobre seus interesses pessoais e perspectivas futuras de suas vidas. Assim, conhecer um aspecto cultural próximo pode contribuir para ampliar suas experiências de vida. Nosso grupo de participantes pode ser considerado incomum, dentro da ótica, das perspectivas e das expectativas da educação em museus de arte. No entanto, as palavras de Maria Célia Santos, nos motivam a seguir a trilha que iniciamos até aqui. Para ela, os métodos e as técnicas a serem utilizados em projetos a serem desenvolvidos pelos museus e pelas escolas, devem ser apoiados nas concepções de educação, de museologia e de museus adotadas pelos sujeitos sociais envolvidos no planejamento e na execução dos mesmos, devendo, pois, ser adaptados aos diferentes contextos, aos anseios e expectativas dos diversos grupos com os quais estejamos atuando, sendo repensados constantemente, modificados e enriquecidos com a nossa criatividade, com a nossa capacidade de ousar, realizando um processo constante de ação e de reflexão, no qual teoria e prática estejam sempre em interação. (2001, p.2)
Embora não estejamos tratando com escolas e sim, com um grupo de jovens militares, aí está o desafio de nosso trabalho: encontrar novas possibilidades de integração entre museus e seus prováveis públicos, apresentando as diversidades que podemos descobrir em ambos. Trata-se de um público que circula no entorno do equipamento cultural, objeto do trabalho e que, no entanto, não visita o Museu.
A pesquisa sobre a instituição, os artistas, as atividades de produção de arte e das obras que estão em exposição e até mesmo sobre o público, nos fizeram encontrar as formas que melhor pudessem se adequar ao projeto. O desenvolvimento da ação de mediação, sendo um dos objetivos deste projeto, já informado no item anterior, pode nos trazer gratas surpresas, mesmo, sendo aplicado um dos métodos de interpretação mais utilizados, conforme Grinder e McCoy citados por Grinspum:

De acordo com GRINDER e MCCOY7 (1998: 56-57), existem muitos tipos de visitas monitoradas e as que propiciam melhor aprendizagem e aproveitamento são as que utilizam métodos de interpretação. Os métodos de interpretação mais utilizados são: visita-palestra, discussão dirigida e descoberta orientada. (2000, p.48) Para Waldisa Guarnieri, a ação educativa, na perspectiva museológica,
(...) é usada em sentido de aprendizado constante para a vida e, não, meramente como ensino acadêmico ou educação formal. (...) tanto atividades “educativas” como “culturais” servem à educação como processo permanente e contribuem para a realimentação da cultura, entendida esta em seu sentido mais amplo e dinâmico. (1980, p.140-142) Assim, este projeto apresentará uma experiência em museu, valendo-se do método da "descoberta orientada", onde haverá interação das mediadoras com o público, a fim de buscar um novo olhar, uma nova percepção ou até, mesmo, uma ideia jamais imaginada pelos indivíduos que fazem parte deste grupo de participantes, a partir da ação educativa com viés cultural.

5 DESENVOLVIMENTO O Projeto teve seu início com a consulta a algumas instituições museais e com o CMS. Após recebermos a resposta do diretor Hugo Silva do Museu do Trabalho, que aceitou colaborar com o projeto e da Tenente Nathalia, Museóloga do Museu Militar do Comando Militar do Sul, a qual entrou em contato, após nosso pedido junto ao protocolo do Comando, concedendo-nos autorização para acesso ao grupo de jovens recrutas, começamos a pesquisa.
Considerando o perfil do local a ser visitado e do público, entendemos que a metodologia a ser trabalhada com o mesmo deve ser a mediação, com o objetivo de promover a construção de significados e novos olhares no espaço expositivo. Em virtude do público ao qual se destina a ação educativa – jovens Recrutas do Exército – a autorização prévia, obtida junto ao Comando Militar do Sul, define que os trinta Recrutas devem participar da atividade em grupos de dez e em dias alternados. Assim, a mesma ação será desenvolvida em três ocasiões, com o seguinte roteiro:
1ª etapa: O encontro com os jovens no Museu Militar. No saguão da instituição será feita aos recrutas a apresentação das estudantes, do projeto a ser aplicado e uma breve descrição do local a ser visitado. Na sequência, cada estudante acompanhará um grupo com cinco Recrutas até o Museu do Trabalho, em uma caminhada até o MT. Durante o percurso, as estudantes farão interações com cada grupo sobre suas experiências em visitação a Museus.
2ª etapa: Chegando ao local, os grupos se reúnem e as estudantes passam a fazer a mediação direcionando a atenção dos Recrutas para o prédio do Museu, sua localização e arquitetura. Nesta mediação será apresentada aos jovens, a arte na fachada externa do prédio que apresenta pinturas, desenhos, grafite e mosaicos em cerâmica.
3ª etapa: A seguir, encaminham-se para o interior do prédio, especificamente, para a oficina de gravuras. Na terceira etapa conhecerão o processo de produção e reprodução de arte em litografia[3], na Oficina de Gravuras que funciona em um dos pavilhões do Museu. Essa atividade será desenvolvida pelo chefe da oficina, Paulo Chimendes, mais conhecido por mestre Paulinho. Formado em litografia e em outras áreas das artes plásticas, inclusive gravura em metal, xilogravura e esculturas, Paulinho vai preparar o material especialmente para os jovens participantes do projeto, onde fará a demonstração completa da produção e impressão de uma litogravura. Os participantes deixarão a sua “marca artística” em litogravura, conforme roteiro apresentado no anexo 1.
4ª etapa: Finalizada a demonstração na Oficina de Gravuras, os participantes do projeto conhecerão o maquinário em exposição permanente no Museu. Nessa etapa, as “mediadoras” farão uma explanação do que se trata o maquinário e o motivo pelo qual estão em exposição.
5ª etapa: A última etapa da ação educativa mediada pelas estudantes é a visitação da sala de exposições onde ocorre a intervenção “Associações Disjuntivas II”, do artista visual cearense Eduardo Frota. Antes de entrarmos nesse espaço expositivo, as mediadoras conversam com os Recrutas e explicam que na próxima sala eles verão uma intervenção, que no universo da arte contemporânea é todo processo que provoca uma interferência artística seja num espaço urbano, em obras de arte ou produtos preexistentes ou em projetos arquitetônicos, de forma definitiva ou efêmera.
Valendo-se, então, da técnica de “descoberta orientada”, as monitoras proporão aos visitantes que descubram as intervenções feitas no ambiente. Eles podem escolher por onde começar e as monitoras estimulam novas direções do olhar ou, até mesmo, jogos podem ser propostos, direcionando a uma experiência lúdica de percepção material e espacial em relação ao trabalho do artista (anexo 2). Essa proposta está intimamente ligada ao modelo de intervenção ofertada ao público pelo artista visual Eduardo Frota.
O artista utiliza, conforme descrito no material de divulgação, “a própria arquitetura do prédio para compor sua obra. As portas, os vidros das janelas internas, a escada que conduz à reserva técnica do acervo de máquinas, tudo foi removido de seu lugar de origem, para, na sequência, ser recodificado como se fosse desenho ou pintura nas próprias paredes do prédio. As partes, assim reinstauradas, dão outra fisicalidade ao todo, reinventando o espaço arquitetônico do velho galpão de madeira. Parte do prédio, bastante conhecido pelo público porto-alegrense, aparece todo reconfigurado, colocando à mostra recantos e detalhes até então insuspeitados”. Cabe às mediadoras observar e, se necessário, instigar correlações entre as propostas pelo artista e a interpretação dos jovens.
O final da ação educativa, contará com a proposta aos visitantes de uma avaliação do projeto e das estudantes, na forma de imagens (anexo 3) e com a entrega de uma impressão da arte gravura (anexo 4) - resultado da dinâmica na oficina - a cada um dos participantes.


ANEXO 1 - Oficina de gravuras
A Oficina de Gravuras do Museu do Trabalho produz gravuras através das técnicas de xilografia, gravura em metal e litografia. O processo de impressão apresentado aos visitantes será o da litografia. Trata-se da técnica de impressão que utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas.
Fonte: http://7dasartes.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-litografia.html Pedra litográfica Mestre Paulinho fará a demonstração completa do processo de produção de uma litogravura. Os jovens serão convidados a participar do momento em que o desenho será traçado na pedra. O processo de litografia consiste, basicamente, nas etapas informadas a seguir.
O processo:
1. Limpar a pedra com lixas e grãos de areia
2. Aplicar produto químico (ácido acético)
3. Desenhar na pedra com lápis litográfico - Esta etapa terá a participação dos visitantes. Cada jovem contribuirá com um ou mais traços no desenho (com ideia pré-concebida pelas acadêmicas e o mestre da oficina) que dará origem à gravura.
4.Gravar o desenho com uso de grão fino de areia
5. Pulverizar com estopa para retirar o excesso de grãos
6. Aplicar talco especial para litografia
7. Pulverizar com estopa para retirar o excesso de talco
8. Aplicar goma pura e massagear (com as mãos) a pedra
9. Aplicar com pincel, soluções à base de goma é ácido nítrico
10. Retirar a camada de goma através de lavagem da pedra com água usando uma esponja litográfica
11. Aplicar outra camada de goma
12. Secar a pedra com abanador
13. Aplicar solvente e asfalto líquido
15. Lavar a pedra com água
16. Passar o rolo de tinta até imagem tornar-se visível novamente
17. Aplicar soluções ácidas
18. Entintar a superfície da pedra com rolo de tinta
19. Limpar com água a imagem e as bordas da pedra
20. Retirar o excesso de água com esponja litográfica
21. Colocar o papel úmido sobre a superfície da pedra
22. Imprimir com o uso de uma prensa litográfica
23. Iniciar a tiragem com papel de impressão
A impressão da imagem é obtida por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre o papel.
Fonte: http://blogdoorlando.blogosfera.uol.com.br Modelo de prensa litográfica Importante lembrar que cada etapa tem seu tempo de execução próprio, tanto para a aplicação, quanto para o repouso entre algumas ações.

ANEXO 2 - Dinâmica
Descobrindo a intervenção através do jogo do Sim e Não
Objetivo: Promover a interação dos jovens com a intervenção, ao identificar os materiais e o espaço ao qual pertenciam, estimulando a percepção da diversidade ao pensar o trabalho da arte, buscando seus significados e ressignificados.
Após visitar as obras expostas, o grupo se reúne. As mediadoras propõem a seguinte dinâmica:
Um grupo se afasta para uma das salas do Museu e o outro escolhe duas obras da intervenção para que o outro grupo identifique a opção. Em um post-it descrevem o que escolheram e entregam para a sua mediadora. O outro grupo retorna e é orientado por sua mediadora como se desenvolverá o jogo do sim e do não.
As perguntas serão sobre os materiais e espaços.
Ex.
Representante do grupo escreve no post-it “obra em vidro branco”.
Grupo 2 pergunta: a obra é em vidro?
Grupo 1 responde: Sim
Grupo 2: A cor da obra é preta?
Grupo 1: Não
Grupo 2: Está na parede à esquerda?
Grupo 1: Sim
Etc.
Ao identificarem o objeto e sua localização atual, a mediadora fará intervenção solicitando que todos mostrem onde, originalmente, se encontravam os materiais utilizados na intervenção escolhida pelo Grupo.
Na sequência, a dinâmica é realizada com o outro grupo.

ANEXO 3 - Avaliação
Você gostou da proposta das estudantes de Museologia?
Você gostou da visita?

ANEXO 4 - Litogravura
As litogravuras, produzidas com a participação dos jovens durante o período da ação educativa, serão entregues a cada integrante do grupo que corresponder à sua arte e produção. Serão três gravuras diferentes, cada uma com uma marca característica de cada grupo participante. Os jovens assinarão a arte e receberão, individualmente, uma impressão (pela máquina litográfica e em papel especial) da gravura da qual participaram com seu traço pessoal.
Ideia de litogravura a ser produzida:
Arte com o Museu do trabalho e o Museu Militar do CMS

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRUNO, C.. MUSEOLOGIA: ALGUMAS IDÉIAS PARA A SUA ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR. Cadernos de Sociomuseologia, América do Norte, 9, Jun. 2009. Disponível em: . Acesso em: 02 Out. 2016.
GUARNIERI, Waldisa R. C. Exposição: texto museológico e o contexto cultural. 1986d. In: BRUNO, Maria Cristina Oliveira (Org.) Walsisa Rússio Camargo Guarnieri: textos e contextos de uma trajetória profissional. Vol. 1, 1. ed. São Paulo: Pinacoteca do Estado; Secretaria de Estado de Cultura; Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, 2010. p. 137-143
GRINSPUM, Denise. Educação para o patrimônio: Museu de arte e escola – Responsabilidade compartilhada na formação de públicos. 2000. 131p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. p. 7-27 (capitulo 1).
GRINSPUM (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP - SÃO PAULO/SP, BRASIL), Denise. Mediação em museus e em exposições: espaços de aprendizagem sobre arte e seu sistema. Revista GEARTE, [S.l.], v. 1, n. 3, dez. 2014. ISSN 2357-9854. Disponível em: . Acesso em: 03 Out. 2016.
SANTOS, Maria Célia Trigueiros Moura. Museu e educação: conceitos e métodos, 2001. [Artigo extraído do texto produzido para aula inaugural do Curso de Especialização em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, proferida na abertura do Simpósio Internacional “Museu e Educação: conceitos e métodos”, realizado no período de 20 a 25 de agosto].
https://www.facebook.com/museudotrabalho. Exposição Associação Disjuntivas. 14 de outubro de 2016
http://www.museudotrabalho.org. Museu do Trabalho. 3 de outubro de 2016
http://www.planalto.gov.br. Estatuto da Juventude. 3 de outubro de 2016





[1] O Museu do Trabalho aluga, atualmente, um de seus pavilhões com estrutura para apresentações de espetáculos, denominado Teatro do Museu a uma companhia de teatro da capital (a Casa de Teatro de Porto Alegre). A Casa de Teatro faz ensaios e apresentações, inclusive de peças teatrais direcionadas ao público infantil e tem intensa atividade no espaço. A sede da companhia é em outro endereço, em Porto Alegre. Localiza-se na rua Garibaldi, 853, bairro Floresta.
[2] A escolha dos jovens para vivenciar essa experiência está vinculada à facilidade de acesso ao grupo, tendo em vista que uma das proponentes é mãe de um recruta. Ressalte-se que o jovem não participará da atividade.

[3] Técnica de produção e impressão de gravuras, onde se utiliza um bloco de pedra calcária. Com o mesmo bloco é possível a reprodução de várias cópias da mesma arte.

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