domingo, 11 de julho de 2021

Andarilhando

Era uma vez uma menina que andarilhava. O termo é andarilhar mesmo, porque andava e trilhava por lugares, trechos, sangas, pedras à beira de lagos e rios, matos, ruelas, avenidas, casas de parentes e até mesmo visitava irmãos jovens que estavam servindo ao exército. Por volta dos cinco anos, passou a andarilhar menos. Mudou de cenários e paisagens. As paisagens (naturais) até diminuíram mas, entrou num mundo diferente, com pessoas diferentes. Teve coisas muito boas e também algumas coisas ruins decorrentes desta mudança. Mas, a menina lembra com detalhes várias vivências que ocorreram até os cinco anos de idade. Lembra, também, com detalhes, de coisas lá pelos seus seis e sete anos, já nos cenári
os novos.
Era uma vez, uma menina que observava muito e às vezes, falava muito e em outras vezes, falava "muito pouco". Mas, uma coisa sempre foi presente: a capacidade de adaptação e de tentar achar o conforto emocional em todas as situações que apareciam em sua vida, embora jamais tenha sido fácil.
Mudanças sob seu controle, agora! ...a menina pensava. E a menina cresceu (não muito rsrsrs).
Não sei se é covardia ou coragem, pois quando nos adaptamos, não estamos fugindo. Estamos apenas achando a melhor forma de seguir sem chocar demais o mundo à nossa volta ou a nós, simplesmente.
O que fazer quando parece que sentimos demais, enxergamos ou pensamos ou inventamos pra nós mesmas e mesmos que enxergamos além ou que podemos prever o nosso futuro mais íntimo? Muitas emoções e sentimentos deixamos de sentir porque colocamos nossas observações na frente de qualquer risco. Parece que a qualquer momento mudanças podem ocorrer sem a nossa permissão e é muito melhor nos adaptarmos à sequencia da vida para evitar as partes ruins ou, pelo menos, as piores.

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